quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CASA LOTÉRICA

Absurdo... a única casa lotérica da cidade é desestruturada e sem a mínima condição de funcionamento. Filas quilométricas debaixo de sol ou chuva, poucos caixas e mesmo assim esses poucos, raramente funcionam de forma concomitante, deixando os usuários na fila por até uma hora. Outro grande problema é a falta de dinheiro nos caixas, por duas vezes fui efetuar saque, enfrentei a famigerada fila para o atendente me dizer que não havia dinheiro. _ "Espere aí o povo efetuar pagamento ou volte no final do dia", foi a solução que me deram. Insisti, se não tem o valor que solicitei poderia ser menos, de quanto você dispõe? R$ 200,00...R$ 100,00 reais? A resposta foi imediata, nada. No momento não disponho de nada para saque. Continuei insistindo e saí de lá com R$ 100,00 reais, de uma das vezes, por que da vez anterior saí sem nada nas mãos. Vale salientar que os clientes Caixa Econômica só dispõem desta alternativa para movimentar sua conta nesta cidade, ou estou equivocada? De repente existe algum caixa eletrônico no comércio local e eu não tenho conhecimento. De qualquer forma, enfrentar fila debaixo de sol forte, ninguém merece, nem os apadrinhados do governo federal pra receber suas bolsas esmolantes.

O BOM FILHO A CASA VOLTA


Por quase dois anos estive ausente da cidade. Minhas vindas para visitar familiares foram rápidas e escarças, porém agora estou de volta, por quanto tempo, ainda não sei. Gosto de Pombos, do clima, da cidade tranquila (não mais tão tranquila), das pessoas, do aconchego dessa gente nobre de espírito guerreiro. Volto então a restaurar este blog que esteve abandonado por todo esse tempo.
Mais agora estou na área, devo ficar por aqui por um longo período, olhos e ouvidos sempre abertos, atentos para as eventualidades. Já era hora! Estava com saudades.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Novo presidente da Compesa assume com promessas ambiciosas

A posse do novo presidente da Compesa, Roberto Tavares, foi marcada por muitas promessas de obras. Um dos destaques foi a Adutora do Agreste, já em andamento, com orçamento de R$ 2 milhões. Disse também que o objetivo da Compesa é universalizar o acesso da população à água até 2014 e ao esgoto até 2018.
A principal obra para 2011 é conclusão da terceira etapa do Sistema Pirapama, maior obra hídrica do País. Haverá um incremento de 50% na produção de água na Região Metropolitana do Recife
Roberto era diretor na companhia e agora chega à presidência, substituindo o novo secretário de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida. A cerimônia foi transmitida ao vivo no site da Compesa e no Blog de Jamildo.

Tavares reconheceu que Pernambuco tem falhas na área de abastecimento de água e saneamento. "Somos a única capital do Brasil a sofrer racionamento", disse o novo presidente. "Precisamos voltar a nos orgulhar por sermos a Veneza Pernambucana. No Recife, apenas 25% da população tem acesso a esgoto, segundo Tavares. Serão investidos R$ 400 milhões na melhoria da rede de distribuição de água do Recife.
Roberto Tavares parece ter assumido o discurso do chefe, o governador Eduardo Campos. Falou em "choque de gestão" e "busca por resultados". Finalizou o discurso dizendo "[João] Bosco, honrarei a sua indicação e a confiança do governador Eduardo Campos. Honrarei todos os compromissos".


PERFIL - Roberto Cavalcanti Tavares, pernambucano, 40 anos, casado e pai de três filhos. É administrador de empresas, formado pela FCAP/UPE e Master em Administração de Empresas pela Universidade Autônoma de Madri/Espanha.
É Auditor da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, onde exerceu diversos cargos, dentre eles: Diretor-Adjunto de Administração Geral (1998); Gerente de Segmento Econômico (2000) e Representante de Pernambuco no CONFAZ/COTEPE, em Brasília (2001 a 2004). Foi secretário-Geral da Junta Comercial, de 2004 a 2006. Na Compesa, exerceu o cargo de Diretor de Gestão Corporativa, desde o início da Gestão Eduardo Campos até agosto de 2008, quando assumiu a Diretoria de Operações, onde estava até o momento.

Discurso:
DESAFIOS - Estamos longe de alcançar os padrões desejados. Isso poderia nos desanimar, mas ao contrário. Ainda temos que conviver com diversas cidades com falta de água ou racionamento. Apenas 25% da população tem acesso a esgoto. Não tenho dúvida, governador, que mudaremos essa realidade.

EDUARDO CAMPOS - Os próximos governantes precisam ter a dedicação de Eduardo Campos Eduardo fez modificações na gestão, na qual a Compesa se insere. Todos os nossos gestores aprenderam a focar em resultado.
OBJETIVOS - As metas são claras. Teremos esgotamento sanitário em oito anos. A questão não se resume a enterrar canos. O nosso desafio tem a ver com a gestão, com o cuidado com o meio ambiente. Tudo isso se resume a dar continuidade ao choque de gestão.

AOS COLEGAS DA COMPESA - Me sinto honrado em liderar. Tudo que foi dito só poderá ser feito com a dedicação de vocês. Temos que pensar no que podemos fazer pela empresa. Como melhor cumprirmos nossas metas? Vou me dedicar 24 horas de cada dia para alcançar nossos objetivos. Agradeço a todos que nos deram a honra de sua presença.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MULHER NO PODER


Até agora foi evento histórico, minoria estatística, exceção à regra, casos que se contam nos dedos. Mas ao longo das próximas décadas, o processo vai se intensificar e mulher no poder será natural, parte da paisagem. Estamos nos anos 10 do século XXI. A última mulher a nos governar foi nos anos 80 do século XIX. Foi uma longa espera. Nunca mais haverá um intervalo tão longo.

Os homens monopolizaram a presidência durante toda a República e mulheres presidentes foram casos esporádicos em qualquer país, apesar de a figura que representa a República Francesa ser Marianne. O símbolo era feminino como enfeite, à moda dos ícones de liberdade na História antiga. Nunca mais será mera ilustração, não porque temos pela primeira vez uma presidente no Brasil, mas porque assim caminha a humanidade. Estamos no meio da estrada, há sinais espantosos de atrasos, há eventos estimulantes, mas a escolha do rumo já foi feita. Este será o século do desembarque das mulheres no poder político, como o último foi o do avanço sobre o mercado de trabalho.

Nos anos 1940, as mulheres foram convocadas para as fábricas na falta de homens, que tinham ido para a guerra. Os cartazes da campanha americana mostravam uma operária e a frase: “Nós podemos fazer isso”. Ao fim da guerra, foram mandadas de volta ao lar. Como na Revolução Francesa, tinham sido convocadas ao combate e depois, descartadas. A Liberdade, Igualdade, Fraternidade valia apenas para os franceses. Elas só puderam votar em 1945. Mas as americanas do pós-guerra não voltaram ao papel antigo. No ano passado, representaram metade do mercado de trabalho. A revista “Economist” recuperou a figura da mulher operária da campanha da época da guerra, e fez uma capa histórica: “Nós conseguimos”.

Era 25 de maio de 1871 quando uma mulher ajoelhou-se diante do Senado e assumiu a regência do Brasil. Parecia apenas o cumprimento da regra imperial, mas Pedro II teve que enfrentar resistência para entregar a coroa à filha, conta o historiador José Murillo de Carvalho num programa que fiz na Globonews (pode ser visto no blog www.miriamleitao.com). Era um momento tenso. O Imperador patrocinara o envio da proposta de Lei do Ventre Livre e, nos clubes das lavouras e no Parlamento, as elites escravocratas resistiam. Muita gente achou uma imprudência, até porque, aos 24 anos, a princesa Isabel nunca tinha mostrado a mesma vocação para o poder que a bisavó Carlota Joaquina, nem mesmo a da avó Leopoldina que, nos bastidores, tinha participado da Independência.

A princesa regente assumiu o poder duas outras vezes e acabou governando mais de três anos, quase um mandato presidencial. Na terceira e decisiva regência, entrou para a História. O país estava dividido e ela escolheu o lado certo, isso é o mais relevante. Participou ativamente das negociações que levaram à Abolição. Afastou, por outros motivos, um dos grandes obstáculos à Lei Áurea, o Barão de Cotegipe da presidência do conselho de ministros e nomeou João Alfredo, simpático à libertação dos escravos. Que ela conspirava contra a ordem escravocrata se sabia no Palácio, onde seus filhos editavam um jornal abolicionista, considerado subversivo pelos donos de escravos. Naquele distante 1888, foi a última vez que uma mulher governou o Brasil, até o dia de ontem, quando Dilma Rousseff assumiu a presidência.

O que isso significa? Se nada significasse já seria o fim de um monopólio. Mas as batedoras mulheres, o aumento da presença feminina no Ministério são pequenos sinais de que os próximos quatro anos poderão mostrar novos avanços.

Já se pode dizer que não serão suficientes porque o Brasil está muito atrasado. Num ranking feito pelo demógrafo José Eustáquio Diniz Alves com outros pesquisadores, o Brasil está em 110º lugar em presença de mulher no Parlamento com magérrimos 8,8% de parlamentares mulheres. Isso, 77 anos depois de ter tomado posse a primeira deputada federal brasileira, Carlota Pereira Queiroz. Bertha Lutz, grande líder sufragista não se elegeu, ficou como suplente e nunca assumiu, porque depois veio o Estado Novo, no qual ninguém votava, nem era votado, seja homem ou mulher.

No mercado de trabalho, a brasileira já é 44% da População Economicamente Ativa, mas ganha menos e ainda ocupa apenas 14% dos cargos de direção das 500 maiores empresas brasileiras, mesmo assim, mulheres executivas ou empreendedoras começam a fazer parte da paisagem empresarial brasileira.

A jornalista Ana Arruda Callado acha que até hoje os homens não se sentem confortáveis em serem chefiados por mulher. Que se acostumem, não haverá volta. A escritora Rosiska Darcy reclama que se fala da mulher apenas no espaço público, e que a forma certa de olhar é valorizando-se a vida privada. Para ela, fora ou dentro do mercado de trabalho, a mulher tem sido a grande responsável por humanizar a humanidade, ou seja, transformar o recém-nascido, que ela define como “um bichinho”, no ser socializado que é levado à escola.

Ana Arruda completa o raciocínio, dizendo que os homens precisam entrar no movimento feminista, e aprender não só a dividir o trabalho, mas dividir a vida. Alguns já entenderam isso, felizmente. Chieko Aoki, do Grupo de Mulheres Líderes, lembra que há dez anos dava palestras para grupos de executivos formados quase só por homens, hoje, há reuniões em que a maioria é mulher.

Avanços há, basta olhar em volta. Mas os atrasos a serem vencidos também são visíveis. O que as mulheres querem é só a igualdade.
FONTE: JORNAL O GLOBO.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novo Ano, novos tempos...


Começo o ano mudando o nome deste blog, faxinando velhas gavetas, retirando os entulhos da vida e levantando novas bandeiras. A mudança de nome se deu por ter perdido o foco original. Não estou mais na cidade, não tenho noticias para postar, as coisas que consegui garimpar via email ou celular foram tão absurdas e surpreendentes que não dava para torná-las públicas. Portanto, a partir de agora escreverei sobre qualquer coisa que eu estiver com vontade, sem está focado diretamente a este ou aquele tema.