sábado, 29 de agosto de 2009

Motofest - 2009 - Pombos



Um grande evento para uma cidade tão pequena e tão desorganizada. Muita gente bonita circulando no pátio de eventos, gente de vários estados, motos belíssimas e motoqueiros à carater. Mais onde estavam os comerciantes locais? Excentuando o Churrasquinho de Léo, não havia outro local onde se pudesse sentar com a família para curtir o evento. Carros equipados com sons potentes impediam que pudéssemos curtir o show no palco, que dialogássemos com um amigo sem ser aos berros, enfim, falta disciplinamento nesta cidade para eventos de porte. O trânsito um caos, cada um estaciona onde quer, não importa que seja no meio da rua ou em cima das calçadas, as motos participantes do evento ou não, se aglutinavam em qualquer lugar sem o menor respeito aos transeuntes. Policiamento não vi em lugar algum, inclusive a delegacia estava fechada o que podemos considerar um absurdo em se tratando de festa na cidade. A polícia militar estava ausente no evento enquanto estive lá. E voltando aos carros, que horror!!! que gente mal educada, põe um equipamento de som super potente, liga-o no volume máximo e obriga-nos a ouvir suas músicas de gosto duvidoso e nos fazem voltar para casa com uma terrível dor de cabeça. Até quando vamos nos encolher na concha e permitir que a cidade continue como terra de ninguém? devemos prestigiar eventos como este, é bom para o município, porém, devemos exigir das autoridades constituídas e a quem de direito que dê um jeito de adaptar o pouco espaço as necessidades do evento e diciplinamento para o trânsito, como também coibir o abuso desses carros de "som".

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quem parte e reparte, não fica com a melhor parte, é doido ou não tem arte


Isto é um dito popular que ouvi muitas vezes pela vida afora. Nunca parei para analizar seu contexto nem onde ele se encaixava... esta semana encontrei um amigo de infância que há muito não o via e conversando ele me disse: Estou tão indignado, tão enojado com a classe política que não leio mais jornais nem assisto noticiários, faço de conta que nada disso me atinge, que nada tenho a ver com isso, vivo com um brutal sentimento de impotência e fracasso...
Respondi pra meu amigo que sou igual a Dom Quixote, aquela figura do sonhador cujo sonho nunca se realiza e que se acostuma em viver de fantasia. Não esqueço o pragmatismo de Sancho Pança, que só acompanhou o herói de Cervantes, por que lhe foi prometida uma ilha e é quem melhor traça o perfil do ser humano de todas as épocas: o interesse pessoal sobrepondo-se à vontade coletiva, sempre subordinada a ousadia dos que escolhem o caminho do crime na política e comandam a nação.
Faço parte de uma minoria inconformada que resiste por que acredita em um mundo melhor e em seres humanos melhores, capazes de combater as injustiças sociais, os privilégios que criam cidadãos de primeira e segunda classe, a violência urbana e a introdução das drogas nos lares, corrompendo nossos filhos e netos. Eu não só acredito em mudanças, luto por elas do meu jeito, devagar, sempre na esperança de ver um mundo melhor. Sonho com um novo tempo, onde possamos assistir noticiários e ler jornais sem a vergonha de nossa omissão e covardia, sem censura a nós mesmos, com a lucidez e o orgulho de pertencer a um povo que se respeita, saber que não faz parte da minoria analfabeta política e medíocre que só legisla em causa própria. Tudo isso pode ser utópico, mais continuo acreditando no fim das injustiças no mundo, que nada mais são do que ervas daninhas a tentar corromper o bom, o justo e o certo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

De volta aos velhos tempos...

Morar em Pombos tem mexido um pouco com velhas lembranças guardadas tão carinhosamente na memória, o baú das recordações foi aberto e vez ou outra, inusitadamente esbarro com momentos atuais tão semelhantes aos de outrora que é impossível não reviver o passado vivendo o presente...

Lembro quando morávamos em Água Branca e estudávamos no Onze de Dezembro, caminhávamos por uma hora expostos ao sol do meio dia no verão e da chuva forte no inverno. Ora a poeira, ora a lama, fazia com que viéssemos do sítio calçadas de sandálias havaianas (nesta época eram sandálias de pobre), os sapatos vulcabrás ítem obrigatório para completar o fardamento, vinha na mão para não se sujar. No rio Tapacurá, na época ainda não vitimado por tanta poluição, lavávamos os pés, calçávamos os sapatos, escondíamos as sandálias no mato e íamos pra escola, lânguidas e faceiras. Tal qual fazemos agora, quando vamos pra algum evento na quadra poliesportiva, impossível chegar lá com sapatos de salto ou qualquer calçado que não tenha boa estabilidade, pois a poeira ou a lama nos impede o acesso com pés dignamente apresentáveis. Para quem vai de carro o aconselhável é uma revisão antes e depois, sem contar que o veículo precisa de uma boa lavagem no dia seguinte, exceto para os amantes de rali...

Que falta faz o rio, onde não se pode mais lavar os pés! E falta faz também as velhas havaianas que já não podem ser escondidas no mato, pelo preço delas quem as tem, esconde em casa com medo de ladrões. Velhos tempos, repetidos hoje, com conotações completamente opostas e que não deixará nenhum resquício de saudades para o amanhã.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MSF&MSP (Movimento dos sem Filé e dos sem Picanha)

Se você mora em Pombos e gosta de uma picanha assadinha na chapa ou na brasa ou ainda um bom filé para o almoço do domingo, deixe de gostar ou vá comprar em outro município ou quem sabe, seja mais fácil pegar sua família e levar para um restaurante, longe... muito longe daqui, pois você faz parte dos MSF & MSP. Diferente dos demais movimentos dos “SEM”, você tem dinheiro, pode comprar mais não encontra o produto. Talvez convertendo seus míseros reais em EURO e se, digo “se”, for amigo de algum machante, consiga seu tão almejado filézinho para aquele almoço em família. Eu, moradora recente deste município abençoado, cheguei a pensar que o problema estava nos bois, cheguei a imaginar que os fazendeiros tivessem criado em laboratório uma nova raça de gado que já nascia sem picanha e sem filé... minha imaginação fértil sofreu grande decepção e entrou em depressão ao descobrir a causa da ausência dos filés e das picanhas, ela, minha imaginação, já tecia um final apoteótico para os excêntricos boizinhos, e de repente a realidade nua e crua vem a tona sem nenhum romantismo, sem nenhum motivo de orgulho... os filés (todos) e as picanhas (todas) são simplesmente vendidas para os restaurantes de Boa Viagem. Eu gostaria de saber se a moeda utilizada por esses donos de restaurantes é diferente da nossa para que eu possa converter meus reais para a moeda deles e assim deixar de pertencer a este “MOVIMENTO DOS SEM FILÉS”.
Um amigo me deu a idéia de investir em pesquisas laboratoriais na esperança de desenvolver uma nova raça de bovino, uma raça que no lugar dos ossos tenha cartilagem e no restante do corpo apenas filé e picanha. Minha fértil imaginação ficou radiante de alegria e já se sente um ex membro dos famigerados MSF&MSP.